O futebol, assim como a vida, é um jogo coletivo. “Sempre num time de futebol você tem um cara mais habilidoso, outro que corre mais, mas ninguém ganha sozinho. Tem de ter espírito de equipe”, explica Fernando Godoy, diretor da sucursal brasileira da ONG Spirit of Football.
No futebol, inevitavelmente temos de passar por derrotas. Mas elas podem ser um ótimo momento para refletir e encontrar outras soluções para os problemas. “O erro passa a ser o meio para se atingir um objetivo, faz parte da trajetória para o sucesso”, explica a educadora Andrea Ramal.
O “Fair Play”, ou, jogo limpo, é ensinado desde cedo nas boas aulas de futebol. “A gente procura mostrar que você tem um adversário e não um inimigo”, diz Fábio Oliani, professor e coordenador de educação física do colégio São Luís, em São Paulo.
“Se o esporte é pratico e aprendido imerso em um ambiente de prazer pela aprendizagem, alegria por saber ganhar e perder e acolhimento pelo sentimento de pertencimento, o jovem praticante levará isto para o resto de sua vida, o que em ganhos para a saúde (não apenas física) é fenomenal”, afirma Alcides José Scaglia, coordenador do curso de Ciências do Esporte na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp.
“Não existe jogo sem regra e quem joga verdadeiramente jura respeito às regras, violá-las traz consequências imediatas às relações sociais desenvolvidas no jogo”, diz Alcides José Scaglia, coordenador do curso de Ciências do Esporte na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp.
Talento não vem sempre de berço! Para evoluir como jogador, é preciso muito treino e aperfeiçoamento. São ótimas oportunidades para perceber o valor do trabalho em torno de um objetivo. “O ideal é valorizar o esforço, independente do resultado”, diz Andrea Ramal. “Reconheça o trabalho. Assim você ajudará seu filho a desenvolver uma mentalidade de autossuperação, a ter persistência e não desistir quando as coisas não forem bem”.
Ninguém nasce sabendo e a vida não nasce traçada (determinada por nossos traços – inteligência ou falta dela-, coordenação motora ou falta dela-, pelo destino ou pelos outros. Quando a criança se sente protagonista de sua vida se torna capaz de mudar e melhorar cada vez mais, abrindo os caminhos à sua frente.
Aqueles que conseguem controlar suas emoções se saem melhor. “Existem pessoas que conseguem resultados excelentes nos treinos, mas nos jogos não conseguem, porque deixam o nervosismo tomar conta”, afirma o professor da Unicamp Roberto Rodrigues Paes, que foi técnico de basquete durante 25 anos.