Hoje na História: 1815 – Pacto da Santa Aliança é assinado em Paris

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Acordo entre czar da Rússia Alexandre I, o imperador da Áustria Francisco I e o rei da Prússia Frederico Guilherme III garantiu tempo de paz na Europa

Em 26 de setembro de 1815, o czar da Rússia Alexandre I, o imperador da Áustria Francisco I e o rei da Prússia Frederico Guilherme III assinam em Paris o Pacto da Santa Aliança.

Sobre os escombros do império napoleônico, abatido alguns meses antes em Waterloo, esses três monarcas absolutos se juntaram para promover os “preceitos de justiça, de caridade e de paz” em nome da “Santíssima e Indivisível Trindade das três potências ortodoxa, católica e protestante”.

Queriam, sobretudo, garantir-se mutuamente contra toda nova ofensiva revolucionária ou liberal numa Europa em ebulição e assegurar a perenidade da Ata Final do Congresso de Viena.

Nos meses seguintes o pacto iria evoluir para uma aliança a quatro com a incorporação da Inglaterra, sob a influência e por pressão do ministro austríaco Metternich e do secretário britânico de Negócios Estrangeiros, Castlereagh.

Zar Alejandro I 1024

Esta Quádrupla Aliança pretendia prevenir a Europa contra um ressurgimento bélico da França. Visava também garantir o status quo na Europa, organizando periodicamente congressos internacionais.

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A França de Luis XVIII, livre da ocupação estrangeira, buscou e aceitou juntar-se à Santa Aliança em 1818. Desse modo, a Europa iria viver uma paz relativa durante cerca de meio século, exceção feita a algumas expedições militares destinadas a restaurar monarquias.

Em 1823, o embaixador da França em Londres, poeta e visconde François de Chateaubriand, obteve o aval de três outros soberanos da Santa Aliança a fim de intervir na Espanha onde o rei Ferdinando VII estava ameaçado de perder sua coroa ante uma iminente insurreição liberal.

Uma expedição pouco gloriosa a Cádiz e a tomada do forte de Trocadero permitiram ao Exército francês repor o déspota em seu trono. Chateaubriand, designado entrementes ministro dos Negócios Estrangeiros, felicitou-se por ter a França podido reconciliar-se, sem muito esforço, com algo da glória militar.

A burguesia europeia tira partido desse largo período de estabilidade política para fazer entrar o continente europeu na Revolução Industrial que já estava em pleno curso na Inglaterra.

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